Último dia de descanso

(AVISO: post enorme, com toda a minha prolixidade exacerbada. Outro detalhe: cansei de ter que editar o HTML pro texto ficar sempre bonitinho, então agora é só copia e cola do Word mesmo)


Hoje é o meu último dia de “lazer” e “vida solta” aqui em Kuala Lumpur. Amanhã começo a labuta diária no novo emprego. Quanto a isso, ainda não estou preocupada. Acho que já tive dias tão intensos desde que cheguei, que o trabalho parece leve. Então vamos ao resuminho das novas coisinhas:

Quarto

Finalmente está quase no fim a decoração inicial. Comprei as coisas mais básicas (fora a sapateira que eu não encontro em lugar algum...alguém não quer me enviar do Brasil?) e agora penso em como deixá-lo mais com a minha cara. Fotos na parede, almofadas na cama, um papel de parede bonitinho, talvez. Ainda não tenho certeza do que fazer, então pesquisarei um pouquinho mais.

Comida (de novo)
Ontem fui comer no lugar mais peculiar aqui, uma “barraquinha” de comida chinesa. Digo barraquinha entre aspas, porque estava mais pra feirinha da Liba, com uma barraca só! Óbvio que 98% das pessoas eram chinesas e só nós, os gringos, quebramos o padrão. Como fomos com “locais”, pedimos pratos diferentes e foram ótimas escolhas. Preciso conhecer logo os malaios para darem boas sugestões como essa!

Já mencionei que aqui comer é super barato? Até aprendi já, que os malaios amam comer e não existe essa de “vou pular uma refeição” ou “não estou com fome” por aqui. Outra coisa interessante é que o “como vai você?” aqui em malaio é algo como “você já comeu hoje?”. Isso mesmo, pra saber se a pessoa está bem, perguntam sobre sua alimentação.

Compras

Ontem também, fui ao Ikea, uma loja de móveis e decoração no estilo da Tok & Stok e Etna. Ela é enorme, um paraíso pra quem quer montar ou decorar a casa. Achei algumas coisas por lá, mas como estou em contenção de gastos e queria algo menos durável, acabei não comprando ou encontrando tudo o que queria.

Almocei por lá, mas não achei nada demais. A comida era muito básica (almôndegas e batatas fritas) e senti falta de comer algo peculiar e novo. Detalhe para o pequeno fato de eu ter quebrado uma xícara logo no começo da fila, com todo o meu jeito atrapalhado. Fiquei roxa de vergonha!

Essa loja fica num mega complexo que possui um shopping e (pasme!) uma Tesco. Não sabe o que é isso? É só a marca de supermercados que eu mais adoro no mundo! Quando morei em Oxford, eu ia todos os dias fazer compras por lá. Pois bem, a Tesco foi a minha salvadora. Já tinha colocado na cabeça que eu teria que voltar a Jusco para comprar a minha cômoda de plástico para guardar o resto dos meus pertences, quando me deparei com a bendita dentro da Tesco. Não só isso, todos os outros itens da minha lista que estavam faltando (com exceção da sapateira) eram vendidos lá! E mais uma situação engraçada, eu, com meu super tamanho e força, tinha que carregar toda aquela parafernália para casa. Para se ter uma idéia, pra chegar lá, eu peguei o metrô até a última estação e depois um táxi por cerca de 15 minutos (porque eu perdi o ônibus de graça por ficar perambulando perdida). Assim, sai com meu carrinho de mercado pelo estacionamento (“pequeno”!) do complexo até achar um táxi e ainda tive que convencê-lo a me trazer até em casa. Ele cobrou um preço fixo (acks!), mas como eu não tinha muita escolha, aceitei. Me senti uma pessoa realizada depois desse dia de compras.

Novos Conhecidos

Conhecer pessoas aqui parece mais fácil do que parece. Tenho que dizer (ou repetir?) que cogito dois fatos para isso: 1. Estou morando em uma região de classe alta. Não tenho certeza quanto a isso, mas parece que todo malaio a minha volta fala inglês e todos fazem questão de demonstrar, puxando papo; 2. Eu pareço muito diferente. É incrível como as pessoas me abordam por aqui. Sempre puxam papo e quando digo que sou brasileira, me perguntam se sou “mista”. Não sei se é porque imaginam brasileiros como negros ou pelo menos mais escuros, ou porque eu não pareço brasileira (apesar de eu sempre ter achado que eu parecesse).

Já mencionei o quão dóceis os malaios são? Aos poucos, venho conhecendo alguns e eles sempre se mostram prestativos e interessados em entender um pouco mais sobre as pessoas que vem para este país. Ontem mesmo conheci três que se ofereceram a ajudar quando precisasse fazer compras (como a da Ikea) ou apenas para indicar bons lugares e opções de comida para experimentar. Estou encantada!

Os “gringos” aqui são muito receptivos. Também, como uma amiga aqui disse, todos tem a mesma faixa de idade (20 e poucos) e todos estão sozinhos nesse lugar distante e desconhecido. Acho divertido, porque saio com um grupo, depois com outro e sempre há conhecidos em comum ou sempre esbarramos com alguém nos bares ou restaurantes que freqüentamos (hoje até esbarrei com alguém que conheci ontem e que coincidentemente mora no meu prédio). O bom é que, muitas vezes temos dúvidas parecidas e acabamos passando as experiências uns aos outros. Isso facilita muito a enfrentar o dia-a-dia.


Bem, tenho mais alguns (vários) assuntos para cobrir aqui ainda (e até já tenho anotado quais são), mas preciso cuidar de outros afazeres ainda. Então deixarei para os próximos tópicos. Estou aqui há 4 dias e surgem novos tópicos quase toda hora. Haja novidade!