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Taiwan, a ilha dos “outros”

(A peça de Robert Indiana em frente a uma das entradas do Taipei 101)

Há cerca de um mês, embarquei para minha primeira parada em minha “última” jornada de viagens asiáticas. Com a escassez de tempo entre as viagens e mais uns “probleminhas” que comentarei mais pra frente, acabei não conseguindo atualizar como eu queria. Mas nem por isso, esqueci de vir aqui. Então vamos lá.

(O bonequinho do Din Tai Fung, um dos restaurantes mais populares e recomendados da capital)

A primeira idéia que eu tinha sobre Taiwan, é de que a pequena ilha, que não é oficialmente reconhecido como país pela ONU e pela grande maioria de países no mundo e sim como parte da China, era simples: é como a China. Sinto desapontá-los, mas a ilha de Formosa (nome dado pelos portugueses que primeiramente avistaram a ilha) só parece ter os olhinhos puxados e cabelos escuros em comum.

(National Concert Hall)

Taiwan é desenvolvida, prática, encantadora e muito educada. Pra mim, foi quase um choque, em encontrar chineses tão bem arrumadinhos e corteses. Eles abrem espaços para você entrar e sair do metrô, pedem licença, falam obrigado e até são simpáticos!

(Memorial de Chiang Kai-shek)

Minha visita foi breve, apenas 5 dias, mas mesmo assim foi bastante divertida. A temperatura estava amena (entre 10 e 14 graus) e apesar de chover quase todos os dias, deu pra aproveitar bem. Além de Taipei, passei por Danshui e Beitou (ao norte da capital) e por Pinglin (sudeste).

(Gosto é gosto, mas que essa torre é feia, isso é!)

Em Taipei, visitei os principais pontos turísticos, como a Taipei 101 (que já foi a mais alta do mundo), Maokong, memoriais e museus, além dos mercados noturnos (night markets). Em geral, me deslocar, fazer compras ou comer não apresentou nenhum problema, mas com o pouquinho de mandarim que eu ainda consigo me lembrar (fiquei abismada com isso) talvez tenha sido um pouco mais fácil. Ah, e como muitos lugares que visitei por aqui, os transporte públicos (ônibus e metrôs) apresentam as informações em diferentes línguas – em Taiwan, são quatro: Taiwanês, Mandarim, Cantonês e Inglês.

(Uma das entradas pro mercado noturno de Shilin - e a muvuca de gente!)

Os memoriais são lindos e suntuosos, assim com a arquitetura chinesa, que me encantou. Os mercados noturnos (night markets) de Taiwan são inúmeros e bem conhecidos. Visitei uns dois, mas acabei não ficando muito tempo. Primeiro, a quantidade de pessoas se empurrando pra passar me irritava e segundo, o maldito stinky tofu (tofu fedido) – uma especialidade local, muito apreciada, pelo que eu vi, só pelos chineses (da China, da Malásia, etc) - impregnava os lugares (e minhas roupas, cabelo, etc) e me deixava sem vontade alguma de comer ou continuar a visita.

(Em Taiwan, comida boa, se compra na rua! Hehe)

Falando em comida, eu realmente não dei muita sorte com as minhas escolhas por lá. Achei a maioria sem graça. Apesar disso, uma criação Taiwanesa me conquistou, o Bubble Tea. Em São Paulo, só conheço um lugar que vende, na Liberdade, e se chama suco de pobá. Eu já gostava por lá (na versão de “frutas”), mas a versão original é uma mistura de chá com leite e bolinhas gelatinosas, feitas de sagu.  E não adianta tentar experimentar em outro lugar, desde que voltei à Malásia, experimentei em todas as lojinhas de “bubble tea” locais e nenhuma chega perto do sabor do original.

(Danshui)

(Beitou)

Pinglin

Danshui, foi a minha primeira parada no país. É uma cidade costeira, que parece muito bonita, mas como choveu – ah e como ventava! – durante todo o tempo que eu estivesse por lá, não aproveitei muito. Beitou é um distrito famoso por suas águas termais e é para onde muitos “fogem” no final de semana, para descansar e aproveitar seus ótimos hotéis. Já Pinglin é conhecida por ser a cidade com o maior museu de chá do mundo e a grande maioria de seus moradores são produtores de chá ou tem algum negócio relacionado ao produto.
(O lindo Confucius Temple) 

Eu elegi dois pontos favoritos em minha visita à Taiwan: o SPOT, uma casa antiga, muito bem conservada, que exibe filmes Cult (fora da linha hollywodiana) e que possui uma lojinha ótima e casas de chá. O Le Rouge Ballroom é super elegante e confortável. O segundo lugar foi o Confucius Temple. Eu cheguei lá, no começo da noite (que nessa época em Taiwan, se inicia por volta das 17:30!) e a iluminação, a arquitetura e a paz que o templo emanava, simplesmente me conquistou.

(Eu e minha companheira de viagem no Le Rouge Ballroom do SPOT)

Taiwan definitivamente merece um retorno, não só pra poder explorar mais a capital e com uma temperatura melhor, mas para poder visitar lugares como Taichung e Hualien. E claro, para mais alguns Bubble Teas! 



Comentários

Mari disse…
Fiquei com vontade de experimentar o suco de pobá made in taiwan!! hehehe
Honey, falta pouquinho pra vc voltar!! Estou na contagem regressiva!! Uhuuu!!
Mário Cláudio disse…
muito legal, sinto uma enorme vontade de conhecer um dia, e vou . mande noticias visite http://teiaspoeticas.blogspot.com/
Tamy disse…
suco de pobáaa! eu quero... axo q eu vou na liba tomar um! hahaha
e ahh... para de posta foto de comida! me dá fome... =(
a gente precisa um dia de domingo na liba q tem uma barraca indiana agora lah! huehuehue q vende samosas! hehe
Anônimo disse…
Adorei o post! Foto lindíssimas! Parabéns!
L. disse…
Também quero ir para Taiwan ver chineses educados! ehehehe

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