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Perhentian Lifestyle!


Olá! Pra variar, levo mais tempo do que o planejado para produzir e publicar os novos posts. Mas ao invés de ficar explicando as tantas razões, prefiro partir direto para o assunto de hoje: minha última viagem.


Como de praxe, fui parar em uma ilha para 3 dias de descanso. E tenho que dizer que provavelmente foi (e será) o lugar mais relaxante que eu fui na vida. Nem 1 semana no Super Breezes me deixou tão preguiçosa e desligada da vida “exterior”. E claro, o momento foi ótimo, já que eu estava quase no meu limite.


Perhentian é um conjunto de ilhas na costa leste da Malásia e considerada uma das ilhas mais belas do país. O trajeto entre KL e a cidade mais próxima, Kuala Besut, leva entre 7 e 8 horas de ônibus e depois cerca de meia hora mais de barco até a ilha. Saímos daqui na quinta-feira a noite, mas não sem, os já comuns, imprevistos. No mesmo dia da viagem, havia combinado com o meu novo locador (landlord) para pagar o depósito e o aluguel do novo apartamento. O problema foi que o rapazinho se atrasou um “pouquinho” e saímos de casa no horário que deveríamos estar na estação central para encontramos o terceiro companheiro de viagem. Fora que o landlord resolveu nos dar uma carona (foi muito prestativo da parte dele, é claro), mas acabamos presos no trânsito da construção em Bangsar. No final deu tudo certo, porque chegamos no terminal de ônibus, que fica do outro lado da cidade, 7 minutos antes da partida, e com uma pontualidade surpreendente, o ônibus saiu no horário. Sempre tem uma primeira vez, e foi justamente quando estavámos atrasados.


Sem demais complicações, chegamos a ilha por volta das 8 da manhã e eu não tenho palavras pra descrever a beleza daquele dia. O sol, a água claríssima, a areia branca e a vista do chalet onde ficamos, tudo parecia surreal. Daquele momento em diante, eu entrei no meu “modo Perhentian”: dormir, comer e tomar sol (e de vez em quando entrar no mar só para refrescar um pouquinho), não necessariamente nessa ordem. Nesse primeiro dia, como queríamos paz, fomos (de barco-táxi) para uma das praias desertas da ilha. O nome do lugar? “Praia calma/silenciosa”. Só posso dizer que o nome é condizente ao local. É lógico que a minha “novela coreana” malaia não poderia deixar de ter imprevistos, e logo nesse primeiro passeio a minha câmera fotográfica resolveu “mergulhar” enquanto eu tentava tirar fotos nas pedras. - Felizmente dessa vez foi a câmera que resolveu escorregar e não eu (más lembranças de minha adolescência). – Portanto, tive que contar com a câmera dos meninos pelo resto da viagem.


No segundo dia, resolvemos fazer snorkeling. Eu não tenho nenhum problema com água em geral, mas tenho que admitir que o começo foi bem frustrante. Engoli um monte de água salgada, não conseguia respirar pela boca com o tubo dos óculos, e ainda tive uma experiência engraçadíssima enquanto eu tentava ver alguma coisa, e o instrutor do nosso barco começa a grita, todo alegre: “Olha, olha! Tubarão!”. Eu tive que respirar fundo, recolocar a máscara e ver o “bichinho”, antes de voltar para o barco. Nas paradas seguintes, o processo foi mais fácil (acho que o tubarão passando do meu lado “ajudou” a desencanar) e eu pude aproveitar bastante. Depois do snorkeling, voltamos para o restaurante do nosso hotel, e depois de do almoço, tirei um cochilo ali mesmo, deitada com a vista do mar em minha frente.


A comida foi também um capítulo a parte da viagem. Eu comi frutos do mar em todas as refeições, fresquinhos! Mas, pra variar, estranhamente não se encontra sorvetes pelas ilhas aqui. Só um hotel (de luxo) tinha e pagamos caro por ele. É uma coisa que eu ainda tento compreender.


No dia da volta, já me estressei novamente. Como o barco maior não vem até a praia para buscar as pessoas, barcos menores (táxis) nos buscam e 30 segundos (sem exageros!) nos deixa na frente do outro. Antes, deve-se pagar RM2 por pessoa por esse incrível “passeio’”. Pois bem, acabo de entrar no pequeno barco e estou procurando minha carteira, e os meninos pagando, e um moleque (folgado!) impaciente simplesmente me dá um tapa para pagá-lo. Quando eu virei e vi quem havia feito isso, comecei a xingar o individuo de tudo que podia, mas é claro que o “pobre coitado” não falava uma palavra de inglês. Durante a troca de barcos, ele começa a gritar alguma coisa conosco, porque estavámos demorando para passar as coisas para dentro (ele queria que entrassemos de uma vez com tudo) e eu quase virei e o empurrei pra dentro do mar (com o desejo ainda de dizer: “Vê se entende isso seu #%$@”), mas o meu “modo Perhentian” me ajudou a manter a calma. Ai se isso acontecesse aqui na cidade, por exemplo... A volta pra capital também foi bem chatinha, pois o ônibus da volta só saia de outra cidade, então tivemos que tomar um táxi e depois esperar por mais de uma hora para embarcarmos. E a viagem de volta, que deveria levar no máximo 8 horas, levou 9 horas, sem nenhum trânsito e por que? Porque nosso motorista parava a cada 1 ou 1 hora e meia para fumar. Na parada obrigatória (apenas uma), ficamos lá por cerca de 1 hora (sendo que deveria ser menos de 30 minutos), pois o indíviduo resolver fumar um maço inteiro. The Malaysian style...


Essa viagem teve ainda um fator especial, um dos meus companheiros de viagem, Paul, foi meu professor de inglês durante minha primeira semana em Oxford. Detalhe: há 7 anos atrás! Eu o tinha no Facebook, mas raramente nos falávamos. Mais ou menos na mesma época em que fui aprovada para o intercâmbio aqui na Malásia, ele conseguiu um emprego (ele hoje é cartunista) em Shanghai (China) e voltamos a nos falar esporadicamente. Há pouco tempo, conheci (apresentada por ele) uma amiga local dele e fiquei sabendo que ele planejava passar por aqui no fim do seu contrato. E tenho que admitir que é algo realmente muito estranho (mas bastante interessante) reencontrar alguém depois de tantos anos. Me lembro do primeiro jantar que tivemos aqui e ele me perguntou o que eu havia feito desde a última vez que nos vimos. “Bem, eu terminei o colegial, entrei na faculdade, terminei a faculdade e trabalhei por quase dois anos em um banco de investimentos”. É, o tempo passa rápido!

Comentários

AHUAAHAUH!!! To imaginando a cena do mega-tapa e a mini-naty cheia de ódio no coração! Que cara FDP!!!

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