Fading away

Pois, pois! Olá! Estou de volta a ativa vida blogueira (ou tentando, pelo menos). Muita (muita mesmo!) coisa aconteceu nessas últimas semanas de Malásia e parece que tudo começou a partir do momento que a internet da minha casa deixou de funcionar (e não é discurso de viciada, mas a falta dela complicou bastante a minha vida quando eu mais precisei!).

O tal do olho

Como já devo ter comentado anteriormente, meu olho está com uns “probleminhas” de inchaço por algum tempo. É não é que a coisa piorou? Os inchaços se espalharam pelos dois olhos, na parte superior E inferior, e além de vermelho, está também dolorido. Três consultas a médicos, inúmeros prognósticos aleatórios, recomendações idênticas e mesmos remédios - MESMO EU TENDO LEVADO AS ANOTAÇÕES DE CADA CONSULTA ANTERIOR E EXPLICADO A MESMA COISA - e nada ainda resolvido. Eu só queria logo a bendita cirurgia para retirarem esse inchaço horrível, mas a "qualidade malaia" parece se aplicar também aos médicos. Semana que vem (depois de voltar de uma viagem!!!) terei, assim espero,  o resultado final e agendarei a cirurgia. Isso sem comentar no dinheiro que tenho gasto com consultas, remédios e táxis pra lá e pra cá, para resolver isso.

Due to loads of protests about the photo, I decided to remove it from here. Sorry lah! =P

A tal da mudança

Equilíbrio é uma palavra que eu desconheço. Pondero se é devido a tudo que acontece no meu dia-a-dia e que foge do meu controle.

Finalmente consegui me mudar! Nova casa, novos flatmates e novos problemas. A começar pelo antigo apartamento, que nem quando abandono me livro dele. Meus "adoráveis" ex-flatmates resolveram me "pregar uma peça": me comunicar que eu não deveria me mudar (ou que poderia ir sem meu dinheiro) menos de 12 horas antes da mudança! Resumindo os acontecimentos, os "queridíssimos" ficaram assustados demais com a possibilidade da mudança de um novo rapaz de Bangladesh para o meu antigo quarto. Racismo puro, como foi claramente dito! Não importa as credenciais do rapaz, só o fato de ser de local "diferente" gerou a repulsa. Nada inventado, repito, tudo expressamente dito!

Resolvi sair da casa no dia seguinte mesmo sem o meu depósito (uma fortuna) de volta, de tão inconformada fiquei com a situação. Estou tentando resolver as coisas com calma e paciência, mas o preconceito exposto foi tão absurdo, que depois de tudo ajeitado, me recusarei a manter qualquer contato com essas pessoas. E ainda tive que ouvir certas pessoas concordarem com eles...haja paciência!

O tal novo apartamento

O novo local é mais longe, não tem a mesma estrutura que meu antigo bairro, mas é um novo começo. Em meu primeiro dia de trabalho após a mudança, levei mera 1 hora (!) para percorrer um caminho de 15 minutos, em um ônibus lotado, sendo que este seria apenas parte do trajeto, ainda tinha o monorail (um trem de superfície) por mais uns 20 minutos e a caminhada até o escritório. Óbvio que me atrasei absurdamente! Os demais dias desde então têm sido parecidos, ônibus lotados, espera interminável e uma paciência incrível que preciso ter diariamente. Mas sabe por que compensa? Tenho um novo flatmate adorável! Sem palavras para descrevê-lo. Conversamos sobre o nosso dia de trabalho, eu faço o meu drama diário da minha vida azarada, sentamos pra comer juntos e quando não estamos muito cansados, sentamos na sala e assistimos a algum filme. Me lembra o meu irmão, quando não brigávamos. É, também sinto saudades do bobão que me acordava todo dia e me ligava só pra voltar pra casa pra poder ir comer com ele!

O tal do titulo

Mas o por quê de tal titulo? Simples, essas (duras) semanas pesaram bastante para mim. Me senti sozinha e presa em um país que não parece me ajudar. Fora todos os problemas, o clima no trabalho também estava bastante pesado. É como se de uma hora para a outra a minha vida tivesse perdido qualquer estabilidade, e o simples fato de colocar os pés para fora da minha casa (seja qual fosse), me causavam dor. Mal tinha como me comunicar com quem queria do lado de lá e as pessoas do lado de cá não pareciam ser o suficiente para me ajudar a enfrentar tudo e seguir em frente.

Acabo de voltar renovada de uma viagem (tópico logo mais) e com novo pique, mas não posso dizer como será daqui pra frente. Em duas semanas parto novamente para a minha tão esperada viagem do ano e pretendo assim, descarregar toda a tensão desses últimos tempos. Estarei sozinha, em um local desconhecido e sem saber (quase) nada da língua local. Seja como for, servirá como um termômetro para os próximos meses que ainda me restam pela frente e se estou realmente disposta a prosseguir. Não me arrependo de nada, mas há momentos que bate uma vontade grande de estar de volta naquele lugar seguro que lhe acolheu por toda a vida e que parece dizer: “Amanhã será um novo dia!”.