(Mr James Bond dando as boas vindas a Coréia)
“Eu poderia congelar nesse momento” – Esse foi o meu primeiro pensamento assim que a porta do saguão de Incheon se abriu, e o ventinho dos 13°C me alcançou. Explico: há mais de quatro meses aqui na Malásia, o dia mais “frio” que tive, fez algo em torno de 21°C (sem considerar a sensação térmica, para mais!) e dias atrás, meu irmão me causando invejinha, comentou que estava cerca de 10°C em São Paulo. Imagine a minha felicidade então, quando desci do ônibus já em Seul, e tive que vestir meu casaquinho, mesmo estando com uma camiseta de manga longa! Se a primeira impressão é que a que conta, Seul já havia me conquistado!
(Entrada do aeroporto...e o friozinho reconfortante)
Em meu primeiro dia em Seul, (1) fiquei 1 hora perdida até encontrar meu hostel. Na verdade, fui encontrada, pois após tanto tempo de procura e sem nem mesmo os coreaninhos saberem me indicar onde ficava o local, entrei em um hotel e pedi pra usar o telefone. A mocinha, super simpática, fez o favor de ligar para mim e mandar alguém me buscar lá, e até me ofereceu um chazinho enquanto eu esperava; (2) fiquei toda atrapalhada no meu primeiro passeio no metrô coreano. Super prático e turista-friendly, tive dificuldade mesmo foi passar na catraca com aquele cartão “mágico”. Hahaha; (3) não achei o restaurante que eu queria almoçar (mas diz o Lonely Planet que estava ali! Hunf); e (4) fiquei sem bateria na câmera – por ter esquecido de ter carregado por mais tempo – e voltei cedo pro hostel.
(Gyeongbokgung Palace)
Apesar de todas as peripécias aprontadas no primeiro dia, eu me diverti muito. Vi palácios, museus, obras de arte, me “esbaldei” em um mercado completamente coreano, tive “conversas” super confusas (e engraçadas) com os coreanos com os quais eu tentava me comunicar, e fiz malabarismos para conseguir tirar fotos (minhas) nos lugares que visitei, dado que nem sempre tinha alguém por perto. Ah sim, sem esquecer da saborosa comida coreana, que realmente me surpreendeu! Eu esperava algo ruim e/ou muito apimentado e apesar de ser um pouco, era algo aceitável e que dava sabor a comida (ao contrário de um certo país – não mencionarei qual – que peca na “apimentação” e estraga a comida!).
(Primeira refeição coreana: bulgolgi)
No segundo dia acordei cedinho para aproveitar bem. Com certeza foi o dia em que mais andei (a pé, porque em distância do metrô, o terceiro ganha fácil). Tirei mais fotos engraçadas e encontrei umas figuras quando eu pedia pra tirar foto. Ah sim, e foi o dia das comprinhas “inúteis”. Teve de tudo: cosméticos, roupas, acessórios, souvenirs e até uma bandeirinha da Coréia (!?!?). No fim do dia, meus braços doíam de tanto carregar sacolas! Nossa, e como eu comi! Eu passava na frente de um café charmosinho, um restaurante legal ou qualquer coisa do tipo e sempre tinha que entrar pra “beliscar” alguma coisa. Pela noite, fui praticamente arrastada pra festinha do hostel perto da rua das baladinhas (eu fico no bairro universitário, então era super movimentado pela noite), mas fiquei só um pouco por lá conversando. O resto do pessoal resolver passar pelos clubs (era só pagar ₩20.000 e passar por quase todos os clubs da região. Se eu tivesse pique teria ido também!) e eu voltei pro hostel. Acho que foi nessa noite, a primeira vez que me arrependi de ficar tão pouco em Seul. O pessoal do meu hostel era bem divertido mas eu nunca podia acompanhá-los nos passeios noturnos, pra ter disposição de perigrinar pela cidade desde cedo.
(Museu de arte de Seul)
(Estádio da Copa de 2002)
Bem, acho que como “castigo” por não ter aproveitado a noite, perdi a hora e acordei às 10:30 da manhã no meu último dia. E óbvio, tudo teve de ser feito com (ainda mais) pressa. E também poderia muito ter eliminado Itaewon (o bairro dos estrangeiros de Seul), pois cheguei lá e não havia nada pra ver, comprar ou fazer! E mais ainda, quase me esqueci de visitar o estádio da Copa do Mundo de 2002!!! Um absurdo, é claro, mas dei um jeito de encaixar em meu itinerário. Uma curiosidade sobre o local: hoje ele abriga um hipermercado (à lá Extra Anhangüera, que mais parece um shopping hehe), um complexo de cinema e...um Wedding Hall! Sim, os coreaninhos (“doidos” eu diria) podem se casar no estádio construído para a Copa! Por acaso eu tentei ser bicona no casamento que estava acontecendo (pra tirar fotos, por favor!), mas um ahjosshi ("tiozão") me chutou de lá. E olha que eu até estava de cabelo liso. Mas continuando, ainda visitei o Coex complex, que possui um shopping, centro artístico, um aquário, um hotel internacional, duty free e...o Kimchi Museum. Eu tenho que contar que quando li sobre isso, antes mesmo de sair de KL, falei que visitaria. E não deixei passar! Vai saber o porque de eu querer tanto visitar o lugar, mas eu realmente me diverti. E fiquei ainda mais feliz quando a mocinha me disse que eu poderia tirar fotos! Terminei o dia (lembra que eu comentei que eu passeie muito de metrô? Foram umas 28 estações SÓ pra chegar até o Coex) correndo para Meyong-dong (bairro pop) pra tentar visitar a Seoul Tower, a Nansam Hanok Village e a loja gigante da Lotte. Mas como já era tarde e as duas últimas atrações fechavam as 8 da noite, tive que optar por visitar apenas uma. Óbvio que fui a Hanok Village! E fiquei por lá por quase duas horas tirando fotos e assistindo a algumas apresentações tradicionais. No final fiquei com preguiça de ir até a Seoul Tower e deixei passar essa também. Voltei a Meyong-dong para fazer as últimas compras e por fim, fazer a primeira refeição decente do dia (eu passei o dia me alimentando de snacks, para economizar tempo!). Por acaso, minha melhor refeição de toda a viagem. Depois de procurar em vão por algum restaurante que servisse shabu-shabu (um prato japonês, mas li que a versão coreana vale mais a pena), resolvi entrar em qualquer um e pedi um bibimpap e não me arrependi. Quando voltei ao hostel já era quase 11 da noite (!) e eu ainda tinha que arrumar a mala. Divertido foi fazer o planejamento do que levar na mala e na mochila para não ultrapassar os 20kgs permitidos pela companhia aérea. Quando fui dormir, já passava da 1 da manhã...
(Kimchi Museum)
No dia seguinte, felizmente, acordei no horário, tomei um banho, o café da manhã e arrastei toda a minha bagunça pra fora do quarto pra não correr o risco de acordar ninguém (mesmo porque meu alarme já havia acordado alguns hehe). Resolvi arriscar e enfiei mais algumas coisinhas na bagagem a ser despachada e rumei ao aeroporto. Infelizmente eu não consegui me manter acordada em nenhuma das duas vezes que fiz o caminho aeroporto-Seul-aeroporto, então não tenho o que contar.Fila quilométrica e eu rezando para não ter que pagar extra-peso. E sim, consegui: 19.4kg (damn! Poderia ter arranjado ainda mais 600g!). Dei uma última volta pelo aeroporto (e vi os seguranças mais engraçados da minha vida: uns coreaninhos – tá bom, eles são mais altos do que o resto do “lado de cá”- com rosto de "babies", roupa preta, uma espécie de metralhadora na mão e fazendo cara de maus. Até óculos escuros eles tinham! Não pude conter o riso), comprei meu último pãozinho na Paris Baguette (uma panificadora local) e algumas horas depois já estava de volta ao aeroporto internacional de Kuala Lumpur. Com certeza deveria estar mais triste por ter voltado, mas o “efeito Coréia” ainda tomava conta de mim e eu emanava alegria (ouvi isso de um dos meus roomates). Bem, o planejamento para a viagem de volta começou no instante em que entrei no avião. Vamos ver se em alguns meses não teremos “Coréia, o retorno!”.
Comentários
Entaum rumo a seoul em fevereiro! =D A gente pode ficar uns 15 dias! Vc acha q dá pra conhecer tudo!? =P
Beijoss